Burkina Faso é um dos países mais pobres da África Ocidental, e possivelmente o mais pobre do mundo, mas conta com uma grande riqueza cultural e a tradição de decorar as paredes de seus edifícios é uma parte importante de seu legado ao mundo. A decoração das paredes é sempre um projeto comunitário realizado pelas mulheres do povoado e é uma prática que data do século 16.
Os habitantes constroem suas casas com terra, madeira e palha. As paredes tem a grossura de um pé (30.48 cm) e as casas são desenhadas sem janelas, com exceção de uma pequena abertura ou duas para permitir que entre luz suficiente. Os tetos estão guarnecidos por escadas de madeira e as portas dianteiras são de tamanhos variados.
Após a construção, a mulher faz murais em cada uma das paredes utilizando barro de cor e giz branco. Os motivos e símbolos são tomados da vida cotidiana, da religião e das crenças. Ao terminar com a decoração, a parede é cuidadosamente polida com pedras, e ao final, toda a superfície é coberta com um verniz natural.
Algumas das casas mais elaboradamente decoradas, contudo, não são realmente moradias para os vivos, mas mausoléus para os mortos, que estão previstos para descansarem no mesmo complexo. A fotografia abaixo é um exemplo de um dos mausoléus da aldeia.

Mesmo nas casas consideradas palácios devido ao maior poder aquisitivo dos proprietários, a cozinha é simples, diferindo apenas do resto das cozinhas da África Ocidental pela presença de mais algumas panelas de argila e de ferro.
A maioria das refeições são preparadas em uma panela sobre um braseiro, onde é preciso pouca elaboração dos ingredientes. Eles geralmente fazem um "foofoo" de amido ou pasta grossa como um mingau que é então mergulhado em um molho de legumes e pimentas. Quanto mais rica a família, mais substancioso é o molho. O foofoo é feito de mandioca, inhame, banana, ou de milho.
Fonte
Nenhum comentário:
Postar um comentário